quinta-feira, 20 de maio de 2010

ENTREVISTA AO VIVO NA REDEVIDA SOBRE O PROJETO SANTA FÉ LIVRE DO VÍCIO

No dia 21 de maio, a partir das 22:15, o presidente do Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul, Higor Vinicius Nogueira Jorge, a vice-presidente, Elena Rosa Vidoti e o membro do COMAD, padre Márcio Roberto participarão do programa Tribuna Independente na RedeVida.

Na ocasião será apresentado e discutido, em Rede Nacional, o projeto Santa Fé Livre do Vício, bem como alternativas visando a prevenção e redução da demanda de drogas e incrementação das ações investigativas da Polícia Civil contra o tráfico de drogas.

O programa será ao vivo e os telespectadores poderão participar enviando perguntas para os entrevistados pelo e-mail rvtrs@terra.com.br e pelo telefone (51) 3392-8432.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Convite - palestra "A ILUSÃO DAS DROGAS" em Santana da Ponte Pensa

CONVITE
Assista à palestra “A ILUSÃO DAS DROGAS” que será feita por HIGOR VINICIUS NOGUEIRA JORGE, na Escola Estadual Domingos Donato Rivelli.
A palestra será realizada no dia 20 de maio de 2010, em dois horários. Às 10h e às 19h.

Convide sua família, seus amigos e participe!


Palestra: “A ILUSÃO DAS DROGAS”
Local: Escola Estadual Domingos Donato Rivelli
Data: 20 de maio de 2010
Horários 10h e 19h

sexta-feira, 7 de maio de 2010

DELEGADO HIGOR JORGE ASSUME A DELEGACIA DE SANTANA DA PONTE PENSA

No dia 28 de novembro o delegado de polícia Higor Vinicius Nogueira Jorge assumiu a titularidade da Delegacia de Polícia de Santana da Ponte Pensa.

Ele é filho do delegado titular de Santa Fé do Sul, Hélio Molina Jorge e antes de conseguir a remoção para a região exerceu suas funções em diversos Departamentos da Polícia Civil. Trabalhou no 46º DP – Perus, 91º DP – Ceasa e 27º DP – Campo Belo, que pertencem ao Departamento de Polícia Judiciária da Capital.
Também trabalhou no Departamento de Inteligência em São Paulo e depois foi transferido para o Departamento da Polícia Judiciária de Bauru, aonde trabalhou na Assistência, Setor de Finanças e Centro de Inteligência da Delegacia Seccional de Lins, 2º DP de Lins, Delegacia do Município de Sabino e por último na Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes de Lins.

A cerimônia de posse foi conduzida pelo Delegado Seccional de Polícia de Jales, Pedro Simão Rosa Vitoriano e contou com a presença de delegados e outros policiais civis da região, também políticos, funcionários públicos e populares da cidade e região.

O delegado Higor Jorge agradeceu aos familiares e amigos, falou sobre a oportunidade de trabalhar no local em que nasceu, sobre o papel da Polícia Civil e o trabalho que pretende desenvolver na cidade, de forma pró-ativa, com eficiência, com o apoio da comunidade e visando oferecer segurança pública e qualidade de vida para a população.

Apesar da pouca idade o delegado de polícia possui grande destaque no cenário policial, é professor de análise de inteligência policial na Academia de Polícia, Diretor da Associação dos Delegados, membro da Academia de Letras dos Delegados, escreveu diversos artigos em livros, revistas e jornais e tem proferido aulas e palestras sobre drogas, inteligência policial, processo penal e outros temas por diversos Estados do Brasil.


POLÍCIA COMUNITÁRIA E A PARCERIA COM A COMUNIDADE


Muito tem se discutido sobre modelos de atuação da polícia capazes de tornar seu trabalho mais eficaz, diminuir a incidência de crimes e a sensação de insegurança que assola, principalmente, as grandes cidades.

Nesse contexto a filosofia de polícia comunitária surge como uma proposta visando proporcionar uma aproximação entre a polícia e a comunidade, de forma que haja cooperação recíproca para a resolução dos problemas que aflijam a comunidade, seja criminais ou não criminais, por intermédio da mobilização social, da troca de informações, do estímulo à prevenção e da preservação da dignidade e dos direitos fundamentais de todos os cidadãos.

Na esfera de atuação da Polícia Civil é muito importante que se aplique a filosofia de polícia comunitária, principalmente porque as próprias características da referida polícia permitem que haja essa aproximação e também pela sua natureza que impele os seus integrantes a se aproximarem, cada vez, mais da população.

Sem dúvida a apuração de crimes torna-se bem mais eficaz se a comunidade participa, oferecendo sugestões e informações. Mas para isso a polícia deve ter a credibilidade de todos.

A polícia comunitária é um conceito amplo que abrange todas as atividades voltadas para a solução dos problemas que afetam a segurança de uma determinada localidade, que devam ser praticadas por órgãos governamentais ou não e envolve a participação das seis grandes forças da sociedade, freqüentemente chamadas de "seis grandes". São elas a polícia, a comunidade, autoridades civis eleitas, a comunidade de negócios, outras instituições e a mídia.

A atuação conjunta das seis grandes forças da sociedade representa a consolidação do disposto no artigo 144 da Constituição Federal que estabelece o direito e a responsabilidade de todos na busca pela segurança pública que é vislumbrada com a finalidade de preservar a ordem pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio.

Os órgãos incumbidos de promover a segurança pública devem realizar suas atividades estritamente de acordo com o que dispõe a Constituição Federal, de forma a evitar adentrar na seara alheia, como forma de desempenhar suas atribuições de forma eficiente e impossibilitar que ocorram conflitos entre os referidos órgãos.

É muito importante que, respeitando os limites constitucionais de cada órgão, sejam realizadas atividades preventivas e repressivas ao crime levando em consideração a reverência aos direitos humanos que representa uma das conseqüências do trabalho policial com fulcro nos princípios da filosofia de polícia comunitária.

Pelo exposto concluímos que a polícia tem que prestar serviços à população da melhor forma possível, com cortesia, presteza, humanidade e eficiência de forma que seja observada como uma instituição parceira e organizada para atender a sociedade, seja no âmbito criminal ou não e que atue com o auxilio de órgãos públicos e também de órgãos não pertencentes ao governo.


HIGOR VINICIUS NOGUEIRA JORGE

Delegado de Polícia, professor da Academia de Polícia, titular de cadeira da Academia de Ciências, Artes e Letras dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, presidente do Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul e especialista em polícia comunitária.

Site: www.higorjorge.com.br

Blog do projeto: http://policiacivilcomunitaria.blogspot.com

Blog dos Delegados de Polícia: http://delegadosdepolicia.blogspot.com

Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul: http://comadsantafe.blogspot.com

Policiais civis paulistas ensinam técnicas para a polícia cearense

A Polícia Civil de São Paulo ministrou o Curso de Investigação em Homicídios para policiais civis do Ceará, entre os dias 17 e 24 de novembro, naquele Estado.

Promovido pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará, o objetivo do curso é capacitar delegados e inspetores que deverão atuar na Divisão de Homicídios daquela instituição, que será inaugurada em 2010.

Ao total, 95 policiais civis cearenses participaram do curso, sendo que os melhores colocados, conforme avaliação, deverão vir ao Estado de São Paulo para participarem de operações juntamente com policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).


Os delegados Higor Vinicius Nogueira Jorge, Alexandra Comar de Agostini, Mário Leite de Barros Filho e Margatette Francisca Correa Barreto, da Polícia Civil paulista, ministraram aulas com temas respectivamente sobre “inteligência policial aplicada como instrumento de elucidação dos crimes de homicídio”, “atendimento do local de homicídio”, “questões doutrinárias do crime de homicídio”, finalizando com a delegada Margarette que discutiu casos concretos de crimes com os alunos.


Conforme afirmou Higor Jorge, o curso serviu para conscientizar os policias civis da importância de utilizar a inteligência policial no esclarecimento dos crimes de homicídio e mostrar como os recursos tecnológicos podem auxiliar o trabalho investigativo da Polícia Civil.


Já o delegado Mário Barros Filho acredita na importância da divulgação do trabalho efetuado por policiais civis paulistas na área da prevenção e repressão ao crime de homicídio, que servirá como base na formação e capacitação da Polícia Civil do Ceará.

Por Silvia Freitas
DGP – Assessoria de Imprensa
Extraído do site da Polícia Civil: http://www.policiacivil.sp.gov.br/


OUTRA NOTÍCIA SOBRE O CURSO:

DELEGADOS DE SÃO PAULO MINISTRAM CURSO PARA POLÍCIA CIVIL DO CEARÁ



Entre os dias 17 e 24 de novembro Delegados de Polícia do Estado de São Paulo ministraram curso sobre a investigação de homicídios para policiais civis do Estado do Ceará.



O curso foi promovido pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará com a finalidade de capacitar Delegados e Inspetores para atuação na Divisão de Homicídios, que será inaugurada em 2010.



A delegada Alexandra Comar de Agostini abordou o Atendimento do Local de Homicídio, o delegado Higor Vinícius Nogueira Jorge, falou sobre a inteligência policial aplicada como instrumento de elucidação dos crimes de homicídio, o delegado Mário Leite de Barros Filho tratou das questões doutrinárias do crime de homicídio e a delegada Margarette Francisca Correa Barreto discutiu com os alunos casos concretos.



Mário Leite de Barros Filho afirmou que a participação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo na formação e capacitação das Autoridades Policiais Cearense é importante para divulgação do excelente trabalho realizado pela Polícia Civil Paulista na área da prevenção e repressão ao crime de Homicídio.



De acordo com Higor Jorge o curso serviu também para conscientizar os policiais civis da importância de utilizar a inteligência policial no esclarecimento dos crimes de homicídio e mostrar como os recursos tecnológicos podem auxiliar o trabalho investigativo da Polícia Civil.



A ILUSÃO DAS DROGAS - ÁLCOOL

ÁLCOOL

Quando se fala sobre bebidas alcoólicas pensamos em nossos amigos, familiares ou em nós mesmos ingerindo alguma bebida e muitas vezes não nos damos conta do número de pessoas que apresentam problemas em decorrência do consumo de álcool.

A mídia tem divulgado comerciais que estimulam o consumo de bebidas alcoólicas. Notamos diariamente adultos falando para crianças que não podem ingerir bebida alcoólica e que só “quando crescerem” vão poder beber. Esses comportamentos acabam estimulando o uso do álcool pela população.

Beber para muitos é uma forma de sentir prazer, porém a bebida alcoólica muitas vezes é causa de acidentes de trânsito com vítimas fatais, prisões por dirigir embriagado, homicídios em razão de brigas em bares, contaminação pela AIDS em razão do sexo sem preservativo, agressões contra mulheres, brigas familiares, enfim, o álcool é o grande causador de muitos desses problemas.

Observa-se que ao contrário do que alguns dizem, ingerir bebida alcoólica não é regra, conforme estudo do ano de 2007 extraído do I Levantamento Nacional sobre os Padrões de consumo de álcool na População Brasileira, 66% dos adolescentes com idade entre 14 e 17 nos nunca beberam ou bebem menos de uma vez por ano. Entre adultos acima 18 anos, de acordo com o estudo, 48% dos pesquisados são abstinentes, ou seja, nunca bebeu ou bebeu menos de uma vez por ano. Dessa forma notamos que não ingerir bebida alcoólica ou beber apenas moderadamente, em ocasiões especiais, é uma postura comum e saudável .

De acordo com estudo elaborado pelo Instituto Médico Legal de São Paulo, no ano de 2004, de todas as pessoas que morreram vítimas de acidentes ou violêcia 52% das vítimas de homicídio apresentavam álcool na corrente sangüínea. Também apresentavam sinais de álcool no sangue 64% das pessoas que morreram afogadas e 51% daqueles que morreram em decorrência de acidentes de trânsito .

As bebidas alcoólicas podem ter origem fermentada (vinho, cerveja) ou destilada (pinga, uísque, vodca) e promovem alterações no comportamento do seu consumidor.

O uso freqüente do álcool pode desencadear um quadro de dependência denominado alcoolismo, que atualmente atinge 10% da população.

A pessoa, logo depois de ingerir bebida alcoólica, sente os seus efeitos estimulantes, sente euforia, torna-se desinibida, perde a timidez, a censura interna, realiza desejos que não possui coragem de realizar e em algumas situações torna-se mais sociável. Depois de algum tempo em que a pessoa está consumindo bebida alcoólica ela passa a sentir seus efeitos depressores como a falta de coordenação motora, descontrole e sono.

Muitas vezes neste estado a pessoa se torna agressiva ou inconveniente. Se apesar desses efeitos a pessoa continuar ingerindo bebida alcoólica os efeitos do consumo podem levar a pessoa ao estado de coma.

Um indivíduo que ingeriu bebida alcoólica pode produzir acidentes, principalmente se estiver na direção de veículo automotor. Também é importante que se saiba que comete o crime previsto no artigo 306 no Código de Trânsito Brasileiro que prevê a pena de detenção de seis meses a três anos (Art. 306 - Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor) .

Para se ter uma idéia dos efeitos do álcool no organismo da pessoa, se ingerir três latas de cerveja duplica a possibilidade de produzir acidentes de trânsito, se ingerir cinco latas aumenta para seis vezes a possibilidade e se tomar sete latas aumenta para vinte e cinco vezes.


Quanto mais a pessoa ingere bebida alcoólica, mais chances ele tem de se envolver nos mais diversos problemas.

A transição entre o indivíduo que ingere bebida alcoólica de forma moderada até tornar-se alcoólatra ocorre de forma lenta. Os principais sintomas da dependência são: necessidade de beber maior quantidade de álcool para ter os mesmos efeitos (tolerância), percepção da vontade excessiva de ingerir bebida alcoólica, síndrome de abstinência e dificuldade quanto a parar de beber.

A síndrome de abstinência do álcool é um estado que a pessoa para bruscamente de ingerir álcool, depois de um período de consumo crônico. São características da síndrome o tremor nas mãos, problemas gastrointestinais, estado de inquietação geral e distúrbios de sono. Alguns evoluem para a síndrome de abstinência grave ou delirium tremens, que além da acentuação dos sintomas referidos, também se caracteriza por tremores generalizados, agitação intensa e desorientação no tempo e no espaço.

A pessoa que ingere bebida alcoólica possui grandes chances de sofrer de gastrite, pancreatite, cirrose hepática, insuficiência cardíaca, pressão alta, encolhimento cerebral, e outros efeitos físicos.

No âmbito psicológico a pessoa pode tornar-se mais nervosa, irritada, com insônia, sem concentração e depressão.

Na esfera social perde a produtividade, falta no trabalho, briga com familiares e amigos, torna-se irresponsável e sofre outros efeitos negativos .

Quando ocorre a ingestão do álcool ele é digerido no estômago e absorvido no intestino. As moléculas do álcool são levadas até o cérebro por intermédio da corrente sanguínea. A longo prazo, o álcool prejudica todos os órgãos, em especial o fígado, que é responsável pela destruição das substâncias tóxicas ingeridas ou produzidas pelo corpo durante a digestão. Dessa forma, havendo uma grande dosagem de álcool no sangue, o fígado sofre uma sobrecarga para metabolizá-lo .

Conforme estudo sobre o alcoolismo elaborado pelo Ministério da Saúde se a pessoa responder de forma positiva para alguma das questões abaixo há chances de ser alcoólatra:

Você já sentiu que deveria diminuir a bebida?

As pessoas já o irritaram quando criticaram sua bebida?

Você já se sentiu mal ou culpado a respeito de sua bebida?

Você já tomou bebida alcoólica pela manhã para “aquecer” os nervos ou para se livrar de uma ressaca?

Apenas um “sim” sugere um possível problema. Em qualquer dos casos, é importante ir ao médico ou outro profissional da área de saúde, imediatamente, para discutir suas respostas. Eles podem ajudar a determinar se você tem problema com a bebida e recomendar o melhor tratamento .


HIGOR VINICIUS NOGUEIRA JORGE



Delegado de Polícia, professor da Academia de Polícia, titular de cadeira da Academia de Ciências, Artes e Letras dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, presidente do Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul e especialista em polícia comunitária.



Site: www.higorjorge.com.br



Blog do projeto: http://policiacivilcomunitaria.blogspot.com



Blog dos Delegados de Polícia: http://delegadosdepolicia.blogspot.com



Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul: http://comadsantafe.blogspot.com

A ILUSÃO DAS DROGAS - COCAÍNA

A cocaína é uma droga extraída das folhas de uma planta denominada coca ou epadu (erythroxylon coca) e cultivada nos Andes.

A droga era vendida em farmácias no século XIX como anestésico local e tônico para dar energia, contudo tornou-se ilegal em razão de seus efeitos danosos, pois muitas vezes seus usuários vinham a óbito.

A mídia tem divulgado com freqüência casos de personalidades do meio artístico que se envolvem com a cocaína. No programa Fantástico, transmitido pela Rede Globo no dia 13 de setembro de 2009 foi entrevistado o ator Fábio Assunção que passou por diversos problemas em razão da dependência dessa droga. Ele foi internado em diversas clínicas e muitas vezes abandonou o tratamento. Entrevistado sobre os males proporcionados pelas drogas disse que havia “brincado com algo que não imaginava a dimensão” e que poderia ter tido sérios problemas com a sua vida, sua saúde ou a lei.

A cocaína chega até o consumidor em forma de pó, que é solúvel em água e serve para ser aspirado (inalado) ou dissolvido em água para uso intravenoso (injetado), ou sob a forma de base, o crack, que é pouco solúvel em água, mas que se volatiza quando aquecida e, portanto, é fumada em “cachimbos”.

A cocaína pode ser consumida sob a forma de merla, que é um produto sem refino e muito contaminado com as substâncias utilizadas na extração. A merla pode provocar hemorragia cerebral, alucinações, delírios, convulsão, enfarte cardíaco e morte .

Há também a pasta de coca que é um produto grosseiro, obtido nas primeiras fases da extração da cocaína das folhas da planta quando estas são tratadas com álcali, solvente orgânico como querosene ou gasolina e ácido sulfúrico. Essa pasta contém muitas impurezas tóxicas e é fumada em cigarros chamados “basucos” .

A cocaína torna seu usuário tolerante ao vício, ou seja, cada vez seu organismo precisa de mais droga e também desenvolvem a sensibilização, que é o inverso da tolerância, pois alguns efeitos passam a ocorrer mesmo se usar pequenas doses. Normalmente são os efeitos desagradáveis que passam a ser produzidos com pouca quantidade de droga. Assim, o usuário precisa cada vez mais de drogas, porém os efeitos desagradáveis são intensificados, sendo necessário pequenas doses para que ocorram.



2.1 COCAÍNA EM PÓ

Normalmente a cocaína é experimentada pela primeira vez em festas, normalmente depois do indivíduo ingerir bebida alcoólica. Com a intenção de se divertir e experimentar novas sensações faz uso da cocaína. O álcool neste caso diminui a censura interna da pessoa e com isso ela aceita experimentar a substância sem se preocupar com as conseqüências.

A pessoa que experimenta a droga recebe uma sensação de poder e passa a enxergar tudo com mais brilho, por isso alguns chamam a droga de “bright” (brilho).

Trata-se de um psicoestimulante com efeito rápido e passageiro que faz a pessoa desejá-la cada vez mais. Quando o efeito da droga termina o usuário passa a sentir uma sensação de mal estar e muitas vezes usa a droga novamente ou outro tipo de droga, como álcool, maconha ou tranqüilizantes.

A pessoa começa a usar cocaína e a freqüência passa a aumentar, de forma que a droga passa a dominar todas suas ações, ele pode até ficar algum tempo sem consumir a cocaína, contudo se ele tiver a oportunidade de consumir a droga, se ele ingerir bebida alcoólica, se ele passar pelos pontos de venda ou encontrar outros usuários ele costuma sentir uma grande compulsão para usar novamente a droga. Com o tempo ele se torna um escravo do vício. Se ele parar de usar a cocaína, nestas situações pode ter uma recaída.

A pessoa viciada em cocaína, independente se for inalar, injetar ou fumar a droga, vai perdendo o controle do seu consumo, se tem dinheiro gasta tudo com a droga, se não tem faz qualquer coisa para adquirir a droga, seja roubar, furtar, matar ou se prostituir. Se ele não possui mais veias para aplicar a cocaína injetável ou tentar esconder as referidas marcas ele aplica em diversas partes de seu corpo, inclusive nas genitálias ou pés. Muitas vezes o viciado em cocaína morre de overdose .

O consumo de cocaína pela via nasal permite que os seus efeitos comecem de 10 a 15 minutos e por intermédio de injeção os efeitos têm início entre 3 a 5 minutos. A duração do efeito da cocaína injetada ou inalada é de 20 a 45 minutos.

O dependente que faz uso de drogas injetáveis muitas vezes compartilha seringas e por isso se contamina por doenças graves como hepatite ou AIDS.

CRACK E MERLA


O crack e a merla não podem ser transformados em pó fino, pois possuem respectivamente os aspectos de pedra e pasta. Em razão disso não podem ser aspirados e por não serem solúveis em água na podem ser injetados. Por isso são aquecidos e fumados e a sua absorção é instantânea, por intermédio da via pulmonar. Entre 10 a 15 segundos seus primeiros efeitos ocorrem.

O efeito do crack dura aproximadamente 5 minutos e por durar pouco tempo o usuário passa a voltar a usar a droga logo após o desaparecimento do efeito. O usuário entra em um ritmo nefasto em que consome toda a droga que estiver com ele e gasta todo o dinheiro que tiver para adquirir drogas.

Nestas situações ele é capaz de fazer qualquer coisa para obter mais pedras de crack para usar. Essa compulsão para usar o crack é chamada de “fissura” que é uma vontade incontrolável de sentir os efeitos da droga.

O prazer proporcionado pelo crack e pela merla é intenso e alguns o comparam com o orgasmo, contudo após o uso repetitivo dessas drogas o usuário passa a sentir sensações muito desagradáveis, como o cansaço e a intensa depressão.

O usuário tende a repetir a dose com o intento de sentir seus efeitos e essa quantidade cada vez maior de drogas faz com que os usuários passem a ter um comportamento muito violento, irritabilidade e atitudes bizarras em razão do aparecimento da paranóia. Ele pode também ter alucinações e delírios. Esses sintomas reunidos correspondem a “psicose cocaínica”. Também é importante ressaltar que os usuários das drogas oriundas da cocaína perdem o interesse sexual e são acometidos por diversos problemas relacionados com a atividade sexual.

É comum vermos, principalmente nas grandes cidades dependentes do crack com roupas imundas, perambulando pelas ruas feitos mortos-vivos (zumbis), esqueléticos, sem comer, sem tomar banho, totalmente entregues ao vício e caminhando em direção da morte.

A pessoa que usa cocaína pode desenvolver movimentos descoordenados, ranger de dentes e mandíbula, insônia, perda de cuidados pessoais, alucinações e outros comportamentos.

O uso prolongado da cocaína desenvolve em seus consumidores uma síndrome paranóica (sensação de perseguição) exacerbada, vendo inimigos em todos os lugares. Em muitos casos os usuários de cocaína não conseguem comer, nem dormir .

O crack provoca uma síndrome pulmonar aguda e pode provocar enfisema subcutâneo do pescoço e mediastino, necrose da mucosa e laringe. A cocaína cheirada pode provocar a congestão nasal, necrose e perfuração do septo nasal e se injetada ou fumada pode produzir hipertensão arterial, taquicardia, infarto agudo do miocárdio, aneurismas dissecantes da aorta, hemorragias intracranianas, atrofia cerebral, hemorragias cerebrais e crises convulsivas .

Muitos crimes violentos foram praticados em razão da dependência da cocaína.


HIGOR VINICIUS NOGUEIRA JORGE

Delegado de Polícia, professor da Academia de Polícia, titular de cadeira da Academia de Ciências, Artes e Letras dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, presidente do Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul e especialista em polícia comunitária.

Site: www.higorjorge.com.br

Blog do projeto: http://policiacivilcomunitaria.blogspot.com

Blog dos Delegados de Polícia: http://delegadosdepolicia.blogspot.com

Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul: http://comadsantafe.blogspot.com